Também conhecida como tosse comprida, a doença é especialmente perigosa para crianças até os 6 meses de vida

A vacinação durante a gravidez é a melhor forma de prevenir a coqueluche e proteger recém-nascidos.

Contágio: a coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que se instala nas vias respiratórias. A pessoa pode ser portadora do micro-organismo e não apresentar sintomas, aumentando assim o risco de transmissão. O contágio se dá por gotículas eliminadas em espirros e tosse ou por contato com objetos contaminados com secreção.

Multiplicação: a bactéria se aloja no nariz e na faringe, migrando na sequência para traqueia, brônquios e pulmões. Após um período de incubação de sete a dez dias, aparecem os primeiros sinais da infecção. Eles costumam ser leves — em geral, febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca — e por isso mesmo podem ser confundidos com um resfriado.

Evolução: à medida que avança para a chamada fase paroxística, que pode durar de duas a seis semanas, tem início o quadro mais característico da coqueluche: os ataques súbitos de tosse intensa, sobretudo à noite. Durante as crises, o esforço para respirar provoca chiados e cianose, quando a pele fica arroxeada, além de vômitos.

Complicações: as repercussões mais graves costumam acontecer em bebês entre 6 meses e 1 ano de idade que não receberam o esquema completo de vacinação (aos 2, 4 e 6 meses). Nesses casos, pode haver pneumonia, infecções de ouvido, hemorragia nos olhos e até danos cerebrais. Por isso, tanto a gestante, antes do parto, como a criança devem ser imunizados.

O que fazer se você ou a criança pegarem coqueluche?

Quando o quadro é mais leve, não exigindo internação, a recomendação é promover o isolamento do paciente, que não deve ir a creche ou escola — nem ao trabalho, no caso dos adultos. O tratamento é feito com macrolídeos, classe de antibióticos indicada para infecções respiratórias.

O medicamento é prescrito por período que varia de cinco a 14 dias, de acordo com a avaliação caso a caso.

Para proteger o bebê da coqueluche antes de ele nascer

Aumentar a cobertura vacinal em mulheres a partir da vigésima semana de gravidez é essencial para evitar a coqueluche em recém-nascidos. Isso porque os anticorpos são transferidos ao bebê pela placenta — e, depois do parto, pela amamentação.

Para reduzir ainda mais o risco de contágio, é aconselhável a vacinação de todos aqueles que estarão mais próximos do pequeno nos primeiros meses de vida.

Fonte: Saúde Abril