Caracterizada pelo desgaste na cartilagem da patela, ela costuma ser provocada por estresses repetitivos nas articulações

Mais comum entre as mulheres, a condromalácia patelar é uma degeneração da cartilagem articular do osso situado em frente ao joelho, a patela. Esse desgaste leva a dores e inflamações persistentes.

Também conhecida como síndrome da dor patelofemoral, a condição é classificada de acordo com seu grau de comprometimento e costuma ser provocada por uma sobrecarga na região.

O tratamento envolve repouso, medicamentos e, principalmente, práticas fisioterapêuticas.

O que causa a condromalácia patelar?

Estudos indicam que a condição é favorecida pelo estresse repetitivo das articulações. Isso ocorre durante algumas práticas esportivas, como corridas e saltos. O quadro também pode estar atrelado ao enfraquecimento da musculatura dos joelhos e do quadril e à presença de traumas ou fraturas.

Falta de alongamento, execução inadequada de exercícios, má postura corporal, sobrepeso, hiperpressão patelar e artrose são mais alguns fatores de risco. Isso, sem contar com o uso de sapatos de salto alto, que fazem com que a doença seja ainda mais comum entre as mulheres.

Quais são os sintomas da condromalácia patelar?

O principal sinal é uma leve dor na patela. Esse desconforto costuma se manifestar ao redor ou sob a rótula e pode ser intensificado conforme a atividade realizada.

Descer rampas ou escadas, praticar esportes e ficar muito tempo na mesma posição — seja de pé ou sentado — pode agravar o incômodo.

Em alguns casos, também há inchaço na articulação, ruídos ao se movimentar e, até mesmo, ardência na região.

Vale destacar que a doença nem sempre provoca dor e pode passar despercebida, especialmente em seus estágios iniciais.

A recomendação, portanto, é procurar um médico ortopedista ao primeiro sinal de desconforto.

Como é o tratamento?

O primeiro passo é o diagnóstico, que é feito a partir da análise dos sintomas e do histórico do paciente. Para atestar o quadro, também podem ser solicitados alguns exames de imagem, como radiografia e ressonância magnética.

Confirmadas as suspeitas, é hora de iniciar o tratamento, que costuma trazer os primeiros sinais de melhora depois de seis a 12 semanas.

Durante o período agudo da condromalácia patelar, quando há dor e inflamação, a recomendação é interromper totalmente os exercícios físicos.

Compressas geladas, analgésicos e anti-inflamatórios costumam ser indicados para aliviar o desconforto.

A fisioterapia é outra grande aliada nessa reabilitação, pois auxilia no fortalecimento do quadríceps e na melhora da estabilidade do joelho.

Somadas ao uso de uma joelheira ortopédica, as práticas fisioterapêuticas ajudam a impedir ou retardar a progressão da doença. Nesses casos, se os desconfortos persistirem pode ser recomendada uma infiltração com ácido hialurônico para lubrificar a região e fortalecer a cartilagem.

Quando a doença já está em um grau mais avançado, a melhor alternativa pode ser a realização de uma intervenção cirúrgica chamada artroscopia. Essa técnica pouco invasiva consiste na remoção de fragmentos de cartilagem danificada e possibilita uma limpeza geral da articulação.

Fonte: Saúde Abril