Novo dispositivo normaliza fluxo sanguíneo da aorta e é o primeiro implante nacional do tipo
Há duas décadas, os chamados implantes transcateter de válvula aórtica (TAVIs) se estabeleceram como o melhor tratamento para a estenose aórtica.
A condição, marcada pelo estreitamento e calcificação da válvula da maior artéria do corpo humano, afeta de forma severa cerca de 150 mil idosos no país.
Agora, chega aos hospitais brasileiros o primeiro dispositivo 100% nacional. Desenvolvido pela empresa Braile, o SafeSync mede poucos milímetros e é formado por uma estrutura metálica de cromo-cobalto e tecido de coração bovino.
“Ele corrige a função da válvula endurecida, desobstruindo a circulação sanguínea”, explica Rafael Braile, chefe de operações da empresa. O implante é feito de forma pouco invasiva, tornando rápida a recuperação.
A estenose aórtica
– Sintomas: dor e aperto no peito, fadiga, falta de ar e desmaios.
– Causas: Calcificação na artéria, infecções, defeito congênito.
– Fator de risco: Mais comum a partir dos 70 anos de idade.
– Tratamento: Remédios para angina e substituição da válvula.
Como é feito o implante
– Procedimento minimamente invasivo não requer internação longa
Passagem
– O cateter com o TAVI é introduzido em uma artéria por um acesso na virilha e navega até a válvula. O caminho é visto por uma câmera.
Localização
– O conjunto cruza o arco aórtico, por onde sai o sangue bombeado pelo coração, e logo chega à válvula calcificada da aorta, que fica na abertura da artéria para o ventrículo esquerdo. É onde o SafeSync será implantado.
Instalação
– Um balão expansível acoplado ao cateter alarga o dispositivo até atingir a área necessária para restabelecer o fluxo sanguíneo na artéria com eficiência.
Recuperação
– Com o TAVI devidamente implantado, o cateter é recolhido pela virilha. Após o procedimento, o paciente fica internado por até um dia.
Fonte: Saúde Abril